Ponta Grossa deu um passo importante no aprimoramento de suas políticas públicas de segurança alimentar ao sediar, nos dias 20 e 21 de março, a Oficina Alimenta Cidades, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O evento reuniu servidores das áreas de Assistência Social, Educação, Saúde, Agricultura e Abastecimento, representantes da sociedade civil organizada, universidades e entidades do setor produtivo para debater, de forma integrada, o fortalecimento do direito humano à alimentação adequada.
Durante os dois dias de encontro, realizado na sede da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (FASPG), os participantes analisaram o diagnóstico local da segurança alimentar e construíram propostas voltadas à ampliação da produção, distribuição e acesso a alimentos saudáveis — sobretudo nas áreas urbanas periféricas, com foco nas populações em situação de vulnerabilidade social.
A ação é coordenada pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), vinculada ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). A oficina busca integrar as ações entre União, Estado, Município e sociedade civil, alinhando os programas federais às realidades locais.
“O principal objetivo desta etapa da Estratégia Alimenta Cidades é fomentar o abastecimento alimentar saudável nos territórios urbanos vulneráveis, promovendo sinergia entre as esferas de governo e a comunidade”, explicou Luís Miguel Gomes Barbosa, consultor da Coordenação-Geral da Promoção da Alimentação Saudável do MDS.
“As oficinas permitem identificar, com precisão, os desafios e potenciais da cidade em toda a cadeia alimentar — da produção até a mesa da população”, completou.
A presidente da FASPG, Tatyana Belo, destacou a relevância da iniciativa para o município e o fortalecimento da política pública.
“Essa articulação é fundamental. Com um diagnóstico participativo, envolvendo todos os setores e instituições, conseguimos traçar estratégias concretas para garantir o acesso universal e equitativo a alimentos de qualidade em nossa cidade”, afirmou.
Além das discussões técnicas e elaboração de propostas, a programação incluiu visitas de campo a unidades escolares, ao Restaurante Popular, Mercados da Família, Unidades Básicas de Saúde, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e ao Banco de Alimentos, entre outros espaços estratégicos para a política de segurança alimentar municipal.
Essas visitas permitiram que os técnicos federais conhecessem de perto as práticas já implementadas em Ponta Grossa, suas potencialidades e os pontos que ainda demandam maior atenção ou investimento.
A oficina também possibilitou o alinhamento das demandas locais aos programas e linhas de financiamento do Governo Federal, favorecendo a construção de soluções conjuntas para desafios complexos, como o combate à fome, à má nutrição e à insegurança alimentar.