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Comunidade acadêmica da UEPG debate soluções para combater insegurança alimentar

Pesquisadores, servidores e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa debateram o acesso dos alunos da instituição à alimentação saudáve...

Notícias
Por: Notícias Fonte: UEPG
30/07/2024 às 13h57
Comunidade acadêmica da UEPG debate soluções para combater insegurança alimentar
Foto: Reprodução/UEPG

Pesquisadores, servidores e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa debateram o acesso dos alunos da instituição à alimentação saudável e constante. Em 18 de julho, aconteceu a Conferência Universitária de (In)segurança Alimentar, promovida pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas (PPGCSA) da UEPG, para debater os resultados da pesquisa ‘Insegurança alimentar e vulnerabilidade social dos estudantes de graduação’, realizada no ano passado.

A Conferência foi organizada pelo Núcleo de Pesquisa “Questão Ambiental, Gênero e Condição de Pobreza”, do PPGCSA, que realizou a pesquisa entre agosto e setembro de 2023. Na primeira etapa do evento, as professoras coordenadoras da pesquisa apresentaram os dados sobre a ocorrência de insegurança alimentar entre estudantes da UEPG e explicaram a metodologia aplicada ao estudo. Na abertura dos trabalhos, o vice-reitor, professor Ivo Mottin Demiate parabenizou o trabalho da equipe e reforçou a importância de conhecer a realidade da Universidade para melhor acolher os alunos, em toda sua diversidade.

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Foto: Reprodução/UEPG
Foto: Reprodução/UEPG
Na apresentação, o estudo constatou que a insegurança alimentar afeta 35% dos estudantes da Universidade, em diferentes níveis. Participaram da pesquisa mais de dois mil acadêmicos e, ao todo, foram selecionadas respostas de 1.435 alunos de todos os cursos de graduação. A pesquisa observou ocorrência maior de insegurança alimentar entre alunos oriundos de fora de Ponta Grossa e que destinam parte da renda para aluguel. A ocorrência também é maior entre alunos de licenciaturas e Ciências Humanas.

Dentro do recorte de gênero, o estudo notou que a irregularidade no acesso aos alimentos é maior entre estudantes mulheres com filhos, sobretudo as mães solo. Em contrapartida, a pesquisa observou a importância dos Restaurantes Universitários para o combate à insegurança alimentar, além de constatar a efetividade das políticas afirmativas desenvolvidas na UEPG. “Observamos que muitos alunos em insegurança alimentar já são contemplados com bolsa permanência, o que mostra que esta política está chegando a quem precisa dela”, destaca a professora Mirna Medeiros, uma das coordenadoras da pesquisa e organizadora da Conferência. Todas as informações do estudo estão publicadas e disponíveis ao público.

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Após a apresentação dos dados, os participantes se reuniram em grupos temáticos, baseados nos recortes da pesquisa, para apresentar propostas para ampliar o atendimento a estudantes em insegurança alimentar. Os temas debatidos foram: Cotas; Habitação; Gênero; Saúde; Serviços do Restaurante Universitário; e Assistência Estudantil. As propostas levantadas pelos grupos serão formalmente apresentadas à Reitoria.

“Um marco para a Universidade”, assim a coordenadora da Conferência, professora Mirna Medeiros, descreve o estudo. Ela considera que o evento atingiu seu objetivo, pois “pesquisas geram mudanças quando são discutidas para a busca de soluções. Neste sentido considero que o encontro foi um sucesso”. A professora ressalta que a Conferência também permitiu que os vários alunos que participaram conheçam melhor os serviços oferecidos pela Universidade.

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A professora Édina Schimanski, coordenadora do Núcleo, observa que o encontro mobilizou diferentes atores sociais da UEPG: “A comunidade universitária reconheceu a urgência de debater o tema e assumiu o compromisso de pensar e encontrar respostas factíveis para a questão posta”. A coordenadora do PPGCSA, professora Lislei Preuss, ressalta o caráter histórico que a Conferência representa para a universidade, pela reunião da comunidade acadêmica para enfrentar um problema por meio do diálogo. “Como a pesquisa ocorreu simultaneamente em quatro países, o estudo contribuiu para consolidar a internacionalização em nosso programa”, destaca.

Foto: Reprodução/UEPG
Foto: Reprodução/UEPG
Para os alunos do PPGCSA, participar do estudo representou momento importante para suas carreiras como pesquisadores. “Muito interessante poder realizar com esse estudo dentro da nossa universidade e observar a comunidade interna. Por ser uma pesquisa interdisciplinar, que envolve áreas diversas, desde Economia até Saúde, foi uma experiência enriquecedora”, comenta o mestrando Carlos Picanço. A discussão também contou com a participação de estudantes de acadêmicos de graduação, como a estudante de Direito Nicole do Nascimento. Ela aderiu ao evento porque entende que debater segurança alimentar é uma questão de saúde pública, que deve ser debatida coletivamente: “Considero um trabalho maravilhoso. Com certeza, enriqueceu a minha formação”.

A gestão da UEPG participou das discussões, com atuação dos servidores das Pró-reitorias de Assuntos Estudantis (Prae) e Assuntos Administrativos (Proad) no debate dos diferentes temas abordados no evento. “Nos chama atenção a quantidade de alunos em insegurança alimentar, o que nos leva a pensar em mudanças de estratégia para levar a assistência a mais estudantes”, explica a pró-reitora da Prae, professora Ione Jovino. O pró-reitor da Proad, professor Emerson Hilgemberg, destaca o papel dos RUs, administrados pela Pró-reitoria, para combater a insegurança alimentar: “Em meio às propostas apresentadas, ressaltamos o subsídio e a manutenção dos valores das refeições, inclusos os casos de gratuidade, como políticas de permanência”.

As discussões sobre insegurança alimentar do Núcleo de Pesquisa “Questão Ambiental, Gênero e Condição de Pobreza” retornam nos dias 19 e 20 de agosto, quando a UEPG realiza o Simpósio Interamericano Perspectivas para a Alimentação. O evento contará com a presença de pesquisadores da Universidad Mayor de San Marcos, no Peru; a Universidad del Valle, na Colômbia; e as Universidades Nacionais de Lanús, Jujuy e Patagonia Sur, na Argentina; que realizaram a pesquisa Insegurança alimentar e vulnerabilidade social dos estudantes de graduação’, em suas respectivas comunidades universitárias.

Texto e fotos: Gabriel Miguel

Foto: Reprodução/UEPG
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