A Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) concluiu nesta quarta-feira (10) a primeira fase da licitação para contratação dos estudos preliminares e o anteprojeto para construção do Terminal Metropolitano de Londrina, no Norte do Estado. A nova estrutura será construída em frente ao Terminal Urbano e deverá atender as linhas intermunicipais, melhorando a mobilidade urbana e a integração com as linhas locais.
Com valor máximo estipulado em edital de R$ 1 milhão, foram apresentadas propostas de 14 empresas por meio do portal Compras.gov. A forma de julgamento da licitação é Técnica e Preço. Assim, as empresas interessadas apresentaram seus valores, junto com a documentação das respectivas propostas técnicas.
As empresas que participam do processo seguem agora para a fase de análise das propostas, para atribuição de notas e consequente classificação das empresas. Na sequência, serão analisadas as documentações de habilitação. A divulgação das notas e da empresa vencedora será em 22 de julho, às 14 horas, também pelo portal Compras.gov.
Depois da homologação da licitação e assinatura do contrato, a vencedora terá oito meses, a partir da ordem de serviço, para elaboração dos estudos e do anteprojeto, contendo as linhas a serem atendidas, horários e quantidade de passageiros. O estudo também deve compreender a região e sua demanda de serviços, lojas e comércios que podem ser atendidos pelo terminal.
O anteprojeto deverá apontar terraplanagem, fundação, drenagem, estrutura, elétrica, pavimentação, paisagismo e sinalização, além da concepção arquitetônica do terminal e das soluções estruturais que resultem em uma metodologia construtiva econômica, sustentável e de rápida execução.
Já o projeto executivo e da obra deverá ser contratado em 2025, na modalidade de contratação integrada, em que ambos são feitos pela mesma empresa, agilizando o andamento dos trabalhos. A previsão de entrega da obra do terminal para a população é para 2026.
HISTÓRICO– A construção do Terminal Metropolitano de Londrina é uma demanda antiga da população, uma vez que o transporte entre as cidades do entorno é feito apenas por meio de pontos de ônibus, sem um local centralizado e apropriado. Diariamente, circulam em Londrina cerca de 50 mil pessoas residentes nos municípios vizinhos, como Cambé, Ibiporã, Rolândia e Jataizinho, e que se deslocam seja a trabalho, estudo ou lazer.
Em 2021, o Governo do Estado decretou o terreno em frente ao Terminal Urbano de Londrina, à época pertencente à empresa Inter-Continental de Café e sem uso há anos, como área de utilidade pública, dando início às tratativas para desapropriação do local. Em fevereiro deste ano, o governo estadual concluiu a compra do terreno, de 12 mil metros quadrados, por R$ 19 milhões, possibilitando o início dos trabalhos para a construção do terminal.
OUTROS INVESTIMENTOS– Além do Terminal Metropolitano de Londrina, o Governo do Estado, por meio da Amep, já entregou ou está concluindo obras em outros terminais de ônibus. É o caso do novo Terminal de Ônibus de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), entregue em agosto de 2023, com investimento de R$ 14,3 milhões. Com uma área construída de 2.467 metros quadrados, sendo 2.305 metros quadrados cobertos, a estrutura é quase quatro vezes maior do que a do antigo terminal, que possuía 607 metros quadrados. O novo atende cerca de 23 mil pessoas diariamente.
Outro terminal metropolitano, em fase final de construção, é o de São José dos Pinhais , também na RMC. Com investimento de R$ 21,3 milhões, a nova estrutura será três vezes maior que o atual, que atende 25 mil pessoas por dia. O investimento responde à crescente população da cidade, que segundo o Censo do IBGE, ganhou 64 mil novos moradores desde 2010.