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Termo firmado em parceria com a Unido e a CIBiogás deve movimentar mais de R$100 milhões nos próximos três anos em projetos de energia sustentável. Crédito das fotos: Régis Santos/Inove |
O Sebrae/PR, a CIBiogás e a United
Nations Industrial Development Organization (Unido) - agência das Nações Unidas
especializada no sistema, realizaram no último dia (18), em Curitiba, a
assinatura do Termo de Cooperação para o "Projeto para o Desenvolvimento
do Biogás e Biometano no Sul do País".
O objetivo é desenvolver ações e
projetos conjuntos para o fortalecimento da produção de biogás e biometano nas
pequenas empresas e cadeias produtivas do agronegócio. Paulo César Resende de
Carvalho Alvim, secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação e integrantes do Conselho
Deliberativo do Sebrae/PR, acompanharam a apresentação do projeto e assinatura
do convênio.
Além de gerar modelos de
negócios e incentivar a cadeia produtiva do biogás por meio de governanças
territoriais e setoriais, o acordo também prevê realizar atividades de
treinamento e capacitação de produtores de biogás, a disponibilização de linhas
de crédito para pequenos negócios, além de outras ações de fomento ao segmento.
O projeto capitaneado pelo Sebrae
Nacional e Sebrae/PR ainda integrará ações com os estados de Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. As regiões Oeste e a dos Campos Gerais no Paraná, identificadas
como de grande potencial para a produção e consumo de biogás, serão as
primeiras a receber os investimentos decorrentes desse acordo.
Segundo o presidente do
Conselho Deliberativo do Sebrae/PR e vice-governador do Paraná, Darci Piana, o
objetivo é estimular a utilização de energia sustentável, limpa e que trará
benefícios para o setor produtivo.
"A energia é um tema
prioritário para os governos e decisivo para o desenvolvimento da economia
brasileira. O Paraná é um dos estados mais importantes do agronegócio e com a
união do conhecimento técnico e tecnológico com a atuação dos agentes públicos
e das cooperativas poderemos promover negócios sustentáveis, com a melhoria na
utilização do solo e a produção de uma energia mais barata", ressalta Piana.
Paulo Cezar Alvim, secretário
de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações, afirma que o acordo pode trazer grandes
benefícios à população com os resultados que devem ser alcançados ao longo do
tempo. "Queremos transformar o conhecimento em riqueza e
melhorar a qualidade de vida da população e vamos estimular ainda essa cultura
para o desenvolvimento sustentável do País", exalta.
Além do Governo Federal e
do Governo do Paraná, o acordo traz três atores que se complementam em suas
áreas de atuação: A CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis–Biogás),
a Unido e o Sebrae/PR, comenta Rodrigo Régis, diretor-presidente da
CIBiogás. "Para estimular a realização de novos
investimentos precisamos criar um ambiente de negócios favorável por meio do
incentivo à cooperação. Dessa maneira, conseguimos unir o desenvolvimento
técnico e científico com a CIBiogás, os conhecimentos em regulação e linhas de
financiamento por meio da Unido e o estímulo à produção e novos negócios por
parte do Sebrae/PR", explica Rodrigo Régis.
Régis detalha que o Paraná
é pioneiro na realização de atividades ao biogás, uma vez que sedia o primeiro
centro de pesquisa e desenvolvimento desse tipo de energia (localizado na Itaipu
Binacional), além de buscar linhas de cooperação para a produção dessa energia.
O potencial da utilização
desse tipo de energia é especialmente grande no setor agropecuário que gerou,
apenas em 2017, um PIB de R$1,4 trilhão. A proposta foca na utilização dos
resíduos para levar uma energia mais barata para o produtor rural. Régis cita
que os custos com energia representam em média 17% dos custos totais de um
produtor de aves, por exemplo.
A Unido participa do acordo
por meio de seu Departamento de Energia. "O projeto se enquadra nos
requisitos da Unido de diminuir a emissão de gases do efeito estufa e a
dependência de combustíveis fósseis. Queremos o uso do biogás para substituir
as energias térmica e elétrica e como combustível que poderão colaborar para o
desenvolvimento da cadeia produtiva", afirma Alessandro Amadio,
representante da Unido no Brasil.
Para o diretor de Operações
do Sebrae/PR, a promoção do crescimento econômico dentro de uma estratégia
ambientalmente sustentável envolverá todos os pontos da cooperação técnica
assinada durante a reunião do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR. “Vamos
incentivar planos de desenvolvimento, capacitar e organizar as empresas da
cadeia produtiva do biogás e do biometano em rede ou comunidades de
empreendimentos nos territórios, o que vai gerar modelos de negócios no
segmento, incluindo processos associativos de produção”, projeta
Agostini.